terça-feira, 31 de maio de 2011

Bactéria que provoca úlceras favorece Parkinson




A bactéria que provoca a maioria das úlceras estomacais, designada por Helicobacter pylori, está também associada ao desenvolvimento da doença de Parkinson, de acordo com um estudo da Louisiana State University, nos EUA, apresentado na reunião anual da Sociedade Americana de Microbiologia, que teve lugar em Nova Orleães.
    
A investigação, que foi realizada em ratos no final da meia-idade, permitiu os investigadores concluírem que "a infecção por uma estirpe específica da bactéria Helicobacter pylori conduz ao aparecimento dos sintomas da doença de Parkinson entre três a cinco meses após a infecção”. Desta forma,
Traci Testerman, uma das autoras do estudo, sugere ser provável que a mesma relação entre a infecção e o desenvolvimento de doenças neurodegenerativas exista em humanos.
 
Mesmo antes de se saber que a Helicobacter pylori provocava a maior parte das úlceras, vários estudos tinham mostrado uma relação entre as úlceras do estômago e a doença de Parkinson. Mais recentemente, outras investigações descobriram que as pessoas com esta doença neuro-degenerativa tinham uma maior probabilidade de estar infectadas pela bactéria. Contudo, quando  tratadas e curadas da infecção sentiam uma ligeira melhoria dos sintomas da doença de Parkinson, em comparação com os não infectados.

Dia sem tabaco lembra doenças pulmonares

domingo, 29 de maio de 2011

Composto de cogumelo suprime cancro da próstata

 
Um cogumelo utilizado na Ásia para fins medicinais revelou-se cem por cento eficaz na supressão do desenvolvimento de tumores da próstata, em testes realizados com ratos num estudo da Queensland University of Technology, Austrália.

Embora a medicina tradicional já utilize este cogumelo, denominado Yun-Zi, pelos seus efeitos terapêuticos, a investigação publicada na revista científica PLos One é a primeira a mostrar a sua eficácia em células estaminais do cancro. 

Os investigadores extraíram um composto chamado polissacaropeptídeo (PSP) do caule do cogumelo e aplicaram-no em células estaminais do cancro da próstata, tendo suprimido a formação de tumores nos ratos.

"No passado, outros inibidores testados em ensaios [clínicos] tinham-se mostrado eficazes até 70 por cento, mas com este composto a eficácia contra a formação de tumores é de cem por cento", explicou Patrick Ling, líder da equipa de investigadores, acrescentando que o "mais importante é que não se verificaram efeitos secundários derivados do tratamento”.


terça-feira, 17 de maio de 2011

NeuroRaulogia no Laboratório de Ciência


    
No dia 12 de Maio de 2011, o nosso grupo participou numa iniciativa dinamizada pelo Clube de Ciência e pelos grupos disciplinares de ciência da nossa escola, no âmbito do Ano Internacional da Química. Este Laboratório de Ciência foi constituído por quatro laboratórios (Biologia, Química, Matemática e Neurociências).
     
     
    
     
Estando o nosso grupo responsável pelo laboratório de Neurociências, aproveitámos o trabalho realizado para a Semana Raul Proença e adaptámos os conteúdos e a linguagem de modo a conseguirmos uma aproximação aos alunos do 9º ano, os principais envolvidos no evento. A actividade decorreu tanto da parte da manhã como da tarde e foi um sucesso, conseguindo despertar o interesse de muitos alunos para o curso de Ciências e Tecnologias na nossa escola.

Quinze óvulos é o número de ouro para a fertilização in vitro


Uma equipa de investigação analisou 400 mil tentativas de fertilização in vitro (FIV) e descobriu que o 15 é o número de óvulos retirados de uma vez com mais probabilidade de sucesso de haver o nascimento de uma criança.
Para se realizar a técnica da FIV é preciso estimular os ovários da mulher para produzirem óvulos, que depois serão extraídos e fecundados em laboratório. Quanto mais se estimular, mais óvulos são libertados.
  
Até se estimular 15 óvulos, a probabilidade de haver um nascimento vai aumentando, entre os 15 e os 20 atinge-se um plateau, e acima deste número, a estimulação hormonal é tanta, que começa a ser cada vez menos possível a mulher conseguir levar a gravidez até ao termo, devido a efeitos secundários causados pelas hormonas.
  
“Uma estimulação deve tentar atingir entre 10 a 15 óvulos, acreditamos que isto está associado com os melhores resultados”, disse à Reuters Arri Coomarasamy, da Universidade de Birmingham, que liderou o estudo publicado na revista Human Reproduction. “Quando o número de óvulos excede os 20, há o risco do síndroma de hiperestimulação do ovário tornar-se grande”, disse. Este sindroma, faz as mulheres ficarem enjoadas, terem dores, inchaços, e em caso extremo arriscarem-se a ir parar ao hospital em risco de morte.
 
  

Metade dos Portugueses sofre de hipertensão

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Portuguesa contribui para melhor conhecimento do coma


Uma equipa de cientistas internacional, que inclui uma portuguesa, descobriu que as pessoas em estado vegetativo têm uma ligação cerebral interrompida, uma descoberta que pode “revolucionar” o diagnóstico clínico actual e que é publicada na revista “Science”.
  
De acordo com a investigadora portuguesa, Marta Garrido, a trabalhar na University College of London, “os resultados deste estudo poderão complementar e revolucionar o diagnóstico e o prognóstico clínico actual, uma vez que se baseia numa medida biológica objectiva: a interrupção de uma ligação cerebral específica”.
  
Segundo explicou à agência Lusa, para a investigação, foram obtidos dados de electroencefalografia em pacientes em estado vegetativo, em estado de consciência mínima e em pessoas saudáveis, durante a apresentação de uma sequência de estímulos auditivos. Em resultado desta experiência, concluiu-se que as respostas eléctricas cerebrais dos pacientes são muito reduzidas em comparação com as observadas nas pessoas saudáveis.
  
“Além disso, recorrendo a modelos matemáticos que procuram descrever a dinâmica cerebral, descobriu-se que pacientes em estado vegetativo apresentam uma interrupção na ligação entre o córtex frontal e o córtex auditivo”, uma ligação que se encontra intacta em pessoas saudáveis e em pacientes num estado de consciência mínima.
  

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Herpes genital: mesmo sem lesões, pode ser transmitido


Pessoas com herpes genital podem contagiar os seus parceiros mesmo que não tenham lesões, revela um estudo publicado no “Journal of American Medical Association”, que vem reforçar as suspeitas que os cientistas já tinham neste sentido.
  
De acordo com Christine Johnston, co-autora do estudo e investigadora da Universidade de Washington, nos EUA, investigações anteriores de grande escala, realizadas pelo governo norte-americano, já tinham demonstrado que 80 por cento dos americanos desconhecem ter herpes genital.
  
O estudo actual é o maior realizado até à data para examinar a questão e também a utilizar um teste sensível de ADN para detectar o vírus. Isto significa, refere a autora do estudo, “que se pode tornar muito mais clara qual a frequência com que as pessoas propagam o vírus ".
  
O estudo envolveu 500 pessoas que tinham obtido um resultado positivo da presença do vírus. Cada uma recolheu amostras genitais com um cotonete durante pelo menos 30 dias, sendo que, no total, foram recolhidas e analisadas mais de 28 mil amostras.
 

terça-feira, 10 de maio de 2011

Problemas na tiróide podem afectar visão das cores


Um défice das hormonas da tireóide pode afectar a visão das cores em adultos, demonstrou um estudo realizado em ratos por cientistas do Instituto Max Planck para a Investigação do Cérebro, da Universidade de Frankfurt, na Alemanha, e da Universidade de Medicina Veterinária Viena, na Áustria.
  
Vários estudos já demonstraram que a hormona tireoideia, que tem um papel fundamental no desenvolvimento do organismo, sobretudo no sistema nervoso, desempenha um papel de relevância no desenvolvimento do olho, nomeadamente, nas células do cone visual, responsáveis pela visão das cores, mas pensava-se que tal só acontecia numa fase de desenvolvimento.
 
Grande parte dos mamíferos apresenta dois tipos de cones com diferentes sensibilidades espectrais, que contêm um de dois pigmentos visuais (opsinas): opsinas sensíveis à luz de onda curta (luz azul) ou opsinas de luz de onda média ou larga (luz verde).
  
Até à realização deste estudo, os cientistas pensavam que o controlo da produção de opsinas pela hormona tireoideia era um fenómeno de desenvolvimento, pelo que assumiam que nos cones maduros, o programa de produção de opsinas era fixo e não precisava ser regulado.
 

sexta-feira, 6 de maio de 2011

“Agarrar a Vida” no Vivaci


No próximo domingo, 8 de Maio, a partir das 15h00, quem passar pelo Centro Comercial Vivaci das Caldas terá a oportunidade de aprender pequenos gestos que podem salvar  vidas.
 
O que se deve fazer enquanto se aguarda a chegada da equipa de emergência médica, perante uma vítima inconsciente, ou perante alguém em paragem cardio-respiratória? É o que será demonstrado por um grupo de alunos da Escola Secundária Raul Proença que recebeu formação em Suporte Básico de Vida (SBV) com a equipa da VMER do Centro Hospitalar Oeste Norte.
 
Posteriormente estes jovens ajudaram a dar formação em SBV aos cerca de 200 alunos do 12º ano da Escola Secundária Raul Proença e organizaram uma sessão para os pais e encarregados de educação dos alunos do 9º ano. O sucesso da iniciativa foi tal que o grupo decidir organizar, no âmbito da Quinzena da Juventude, uma acção de formação em SBV, aberta a toda a população no Vivaci.
  

Depressão crónica limita capacidade de memória

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Tabaco actua no cérebro da mesma forma que cocaína

Nicotina usa mecanismos similares para induzir plasticidade sináptica.
     
Nicotina usa mecanismos similares para induzir plasticidade sináptica.
     
Uma equipa de investigadores da Universidade de Chicago, nos EUA, descobriu que a nicotina e a cocaína actuam no cérebro da mesma forma, quando são consumidas pela primeira vez. O trabalho foi recentemente publicado no «Journal of Neuroscience».
   
Os neurocientistas explicam que a aprendizagem e a memória são codificadas pelo cérebro através do processo chamado plasticidade sináptica, que é o fortalecimento e o enfraquecimento das conexões entre os neurónios. Quando dois neurónios se activam com muita frequência, a ligação fortalece, e tornam-se mais capazes de interagir.
     
Em estudos anteriores, os cientistas já tinham descoberto que a nicotina desencadeia esse processo numa região do cérebro chamada área tegmental ventral (VTA), precisamente onde a dopamina – o neurotransmissor que actua sobre o sistema de recompensas do cérebro – é produzida. Esse mecanismo está relacionado com o prazer sentido através de diferentes acções como a alimentação e sexualidade, mas também desempenha um papel importante no vício.
    

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Proteína cerebral que favorece memória prejudica quimioterapia

    
Os investigadores chamam-lhe um caso clássico de dupla personalidade molecular e começa a ser revelado através da proteína BDNF que, no cérebro, favorece a formação de memórias, enquanto parece proteger tumores do intestino. A sua acção pode trazer pistas para novas formas de combater o cancro, segundo avançou uma equipa brasileira da Universidade Federal do Rio Grande do Sul.
  
O estudo de células tumorais em laboratório mostrou que a proteína neutraliza os efeitos de uma “droga anti-cancro” e caso esta descoberta se confirme, é possível que o tratamento adequado contra a doença exija tanto um ataque convencional ao tumor quanto um bloqueio sobre esse mecanismo de compensação.
Segundo Rafael Roesler, um dos autores do estudo publicado na revista «Oncology», a BDNF não é exactamente uma excepção. Há diversos indícios de que há semelhanças entre certos processos do sistema nervoso e o que acontece no interior dos tumores.
  

"Existem vários paralelos entre a plasticidade sináptica [a maleabilidade das ligações entre neurónios], a formação de memórias e a proliferação de células tumorais", referiu a um diário brasileiro, acrescentado que é igualmente possível que o tumor "sequestre e reproduza aquilo que ocorre nos neurónios".
  
O gene do receptor, ao qual a BDNF se liga, foi estudado primeiro como gene associado ao cancro, e só mais tarde teve a sua função nos neurónios elucidada, conta Roesler.