sexta-feira, 13 de maio de 2011

Portuguesa contribui para melhor conhecimento do coma


Uma equipa de cientistas internacional, que inclui uma portuguesa, descobriu que as pessoas em estado vegetativo têm uma ligação cerebral interrompida, uma descoberta que pode “revolucionar” o diagnóstico clínico actual e que é publicada na revista “Science”.
  
De acordo com a investigadora portuguesa, Marta Garrido, a trabalhar na University College of London, “os resultados deste estudo poderão complementar e revolucionar o diagnóstico e o prognóstico clínico actual, uma vez que se baseia numa medida biológica objectiva: a interrupção de uma ligação cerebral específica”.
  
Segundo explicou à agência Lusa, para a investigação, foram obtidos dados de electroencefalografia em pacientes em estado vegetativo, em estado de consciência mínima e em pessoas saudáveis, durante a apresentação de uma sequência de estímulos auditivos. Em resultado desta experiência, concluiu-se que as respostas eléctricas cerebrais dos pacientes são muito reduzidas em comparação com as observadas nas pessoas saudáveis.
  
“Além disso, recorrendo a modelos matemáticos que procuram descrever a dinâmica cerebral, descobriu-se que pacientes em estado vegetativo apresentam uma interrupção na ligação entre o córtex frontal e o córtex auditivo”, uma ligação que se encontra intacta em pessoas saudáveis e em pacientes num estado de consciência mínima.
  

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