domingo, 30 de janeiro de 2011

Redução do estrogénio pode travar cancro do pulmão

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Uma investigação feita na Suíça revela que os medicamentos utilizados no tratamento do cancro da mama podem também ser úteis para combater o cancro do pulmão.
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De acordo com o artigo publicado na revista “The Cancer Journal”, os fármacos que reduzem os níveis de estrogénio - hormona sexual feminina- baixaram o número de mortes por cancro do pulmão.
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Embora sejam necessários mais estudos e testes clínicos em larga escala que comprovem este efeito, os autores desta investigação acreditam que os resultados obtidos podem ter implicações importantes no tratamento dos pacientes oncológicos.
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Já há muito tempo que as hormonas têm vindo a ser associadas a algumas formas de cancro. A ideia desta investigação derivou dos resultados de estudos anteriores que mostraram que o aumento dos níveis de estrogénio, resultante de terapias de reposição hormonal em mulheres, eleva o risco de cancro do pulmão.
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sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Mais de 30 por cento da população portuguesa sofre de dor crónica

Homem partilha 97 por cento dos genes com orangotango

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Depois do chimpanzé, é agora apresentada a sequência genética completa de um orangotango
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Os seres humanos e os orangotangos compartilham 97 por cento do seu genoma. De todos os símios cujo genoma já foi sequenciado, este é o mais distinto de nós. A primeira sequência genética completa de um orangotango acabou de ser obtida por uma equipa de investigadores liderada pela Universidade Washington em St. Louis (EUA).
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O exemplar sequenciado é da Sumatra. Tendo este como referência, os cientistas também estudaram os genomas de outros cinco orangotangos da Sumatra e cinco do Bornéu e encontraram no animal uma ampla diversidade genética. O estudo é esta semana capa da «Nature».

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A investigação vai contribuir para estabelecer directrizes de conservação da espécie. Embora os orangotangos tenham existido em diversas artes da Ásia, actualmente existem apenas duas espécies: uma no Bornéu e outra em Sumatra. Ambas estão ameaçadas de extinção devido à acção humana. O trabalho indica que as duas divergiram evolutivamente há 400 000 anos, uma data mais recente do que o estimado até agora.
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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Vacina mais eficaz contra a tuberculose em fase de testes

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O novo fármaco pode estar disponível a partir de 2020
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Uma equipa internacional de cientistas está a desenvolver uma vacina experimental contra a tuberculose mais eficaz do que a actual. Já testado em ratos, com êxito, o fármaco, ao contrário dos actuais, está desenhado para prevenir a infecção e também para evitar que o vírus em estado latente provoque um novo surto.
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A vacina, caso os testes que estão actualmente a ser realizados em humanos o permitam, pode começar a ser utilizada na população em risco de infecção e também na população infectada a partir de 2020. O estudo sobre o fármaco está publicado na «Nature Medicine».
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.A doença é provocada pela bactéria Mycobacterium tuberculosis e transmite-se pelo ar. Na maior parte dos casos, o agente patogénico mantêm-se latente e não provoca problemas. Mas quando passa à fase activa provoca dificuldades respiratórias que, se não forem tratadas, podem causar a morte em 50 por cento dos infectados.
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Apesar de existir já uma vacina – a BCG – eficaz em 80 por cento dos casos, esta não acaba com o estado latente da infecção, permitindo que possa voltar a desenvolver-se. O estudo actual, dirigido por Claus Aagaard, do Statens Serum Institut de Copenhaga, está a desenvolver um método de vacinação denominado H56.
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O tratamento combina proteínas que desencadeiam uma resposta imune perante a bactéria activa e também à que permanece latente à espera que o sistema se debilite para atacar. O estudo demonstrou também que a H56 pára infecções já activas de forma mais eficaz do que a vacina actual.
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Cursos de Oncologia para professores



Curso de formação  de Oncologia começa já Fevereiro

A Liga Portuguesa Contra o Cancro - Núcleo Regional do Centro (LPCC - NRC) organiza acções de formação sobre “Cancro: Sensibilização e Prevenção”, dirigidas a professores do 2º e 3º Ciclos dos Ensinos Básico e Secundário das escolas da Zona Centro.

Este projecto, integrado nas celebrações dos 70 anos da LPCC, é da responsabilidade da sua Unidade de Formação e Educação para a Saúde e conta com a colaboração da Direcção Regional de Educação do Centro. A primeira acção de formação decorre a 16 de Fevereiro, das 14h30 às 18h30, no Núcleo Regional do Centro da LPCC, para os professores das escolas do Distrito de Coimbra.

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Cada inscrição tem o valor de 20 euros e deverá ser realizada através do site da LPCC:

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Nova luz para o tratamento do cancro da pele

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Descoberta a proteína que promove disseminação do melanoma

Um artigo publicado na última edição da revista “Nature” anuncia que investigadores americanos conseguiram dar mais um passo para o tratamento do cancro da pele através do bloqueio da actividade da proteína interferon-gama (IFN-gama), que, ao contrário do que se pensava,  desempenha um papel primordial na disseminação do melanoma, uma doença oncológica que, na maioria dos casos, resiste à quimioterapia.
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A equipa liderada por
Glenn Merlino, do National Cancer Institute of Maryland, nos Estados Unidos, fez vários testes em ratos e verificou a forma como a radiação ultravioleta desencadeia no organismo a produção de um tipo de glóbulo branco denominado de macrófago, que por sua vez favorece o aparecimento da IFN-gama.
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Ao bloquearem esta proteína com anti-corpos, os investigadores conseguiram inibir  o crescimento anómalo das células na pele dos ratos, pelo que, se o mesmo efeito se verificar em humanos, pode surgir uma nova via para o tratamento do cancro.
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sábado, 22 de janeiro de 2011

Genes podem ter influência na escolha dos amigos


E se o genes além de poderem influenciar a escolha dos parceiros sexuais tiverem uma palavra a dizer nas nossas amizades? O estudo publicado esta semana na revista Proceedings of the National Academy of Sciences analisou seis genes que são conhecidos por estarem ligados ao nosso comportamento e descobriu que dois deles estão relacionados de forma oposta na forma como escolhemos as pessoas.
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O trabalho feito por uma equipa da Universidade de San Diego e de Harvard construiu mapas de amizades a partir do estudo longitudinal sobre a saúde dos adolescentes feito a nível nacional nos Estados Unidos. Os mapas mostram que as pessoas que têm uma variante do gene DRD2 que está associado a uma maior tendência para o alcoolismo, impulsividade e hiperactividade são mais amigos entre si do que o que seria esperado.
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Segundo James Fowler, primeiro autor do artigo, isto faz sentido. “Se sou mais impulsivo, posso escolher ter amizades com outros que são mais impulsivos”, disse citado pela revista Time. O cientista também reflecte o efeito de feedback que esta relação tem: “Sabemos que este gene mostra uma associação com o alcoolismo. O que se prova aqui é que se temos este gene, é mais provável que os nossos amigos também tenham. Não só estamos mais susceptíveis a ter um certo comportamento, como estamos com pessoas que também são susceptíveis de ter este comportamento.”
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quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Nova técnica não-invasiva para medir o cérebro

O sensor é colado no crânio.
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Monitor de Pressão Intracraniana já está a ser usado com sucesso
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Uma equipa de investigadores da Universidade de São Paulo (USP), no Brasil, desenvolveu uma nova técnica que permite medir a pressão do cérebro sem que seja necessário furar o crânio, além de ser menos dispendiosa que a convencional. O método é capaz de diminuir os riscos de morte e os custos de internação de pacientes que necessitem de monitorização constante da pressão intracraniana (PIC).
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A técnica desenvolvida consiste em acoplar um pequeno sensor ao osso da caixa craniana, através de uma pequena incisão na pele, em vez de perfurar o crânio do paciente, como acontece actualmente. Recorde-se que a perfuração do osso craniano para medir a alteração da pressão cerebral com um sensor acarreta grandes riscos de infecção. Com a nova técnica, é feita uma incisão no couro cabeludo e o sensor é colado, sem perfurar o osso.
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Segundo Gustavo Frigieri Vilela, investigador do projecto, refere na publicação da universidade, as técnicas actuais podem ainda causar danos no tecido, “uma vez que se abre um canal directo do sistema nervoso central”.
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O farmacêutico-bioquímico acrescenta igualmente que o método de diagnóstico é minimamente invasivo, ou seja, traz menos riscos de traumas, e muito mais barato. Além do baixo valor, a técnica não requer neurocirurgiões, o que representa uma redução ainda maior dos custos deste procedimento para os hospitais, aumentando a popularização do uso deste equipamento.
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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Café é benéfico para a prevenção de diabetes


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Estudo da Universidade da Califórnia revela que consumidoras de café têm níveis mais elevados de SHBG.
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As mulheres que bebem pelo menos quatro chávenas de café por dia possuem menos de metade da probabilidade de desenvolver diabetes comparativamente com as não consumidoras de café. Os investigadores Atsushi Goto e Simin Liu, da UCLA (Universidade da Califórnia, Los Angeles), atestaram que o consumo de café aumenta os níveis plasmáticos de uma proteína chamada SHBG. Esta regulamenta a actividade biológica das hormonas sexuais, testosterona e estrogénio, que intervêm no desenvolvimento da diabetes tipo 2.
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Em trabalhos anteriores, Liu e seus colegas já tinham identificado duas mutações no gene que codifica para a SHBG (sex hormone-binding globulin) e os seus efeitos no risco de desenvolver diabetes tipo 2.
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Para a realização do estudo, os investigadores utilizaram 359 novos casos de diabetes, associados a 359 controlos aparentemente saudáveis, seleccionados entre cerca de 40 000 mulheres inscritas no Women’s Health Study, um estudo cardiovascular, em grande escala, originalmente concebido para avaliar os benefícios e os riscos do baixo doseamento de aspirina e vitamina E, na prevenção primária de doenças cardiovasculares e cancerígenas.
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Adicionalmente ao efeito benéfico do consumo de café para a prevenção de diabetes, investigadores acreditam que também poderá melhorar a tolerância do organismo à glicose, através do aumento do metabolismo ou do melhoramento da sua tolerância à insulina.

O guerreiro que controla tumores


Investigadores portugueses do Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC), da Universidade do Porto, descobriram um gene, que baptizaram de "Viriato", que controla a proliferação de células e o desenvolvimento de tumores. O trabalho da equipa de cientistas do IBMC será publicado amanhã na revista científica de referência mundial «Development».
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Segundo os autores, a ausência de Viriato causa problemas no crescimento dos tecidos e no desenvolvimento do organismo. Segundo Paulo Pereira, coordenador do projecto, disse ao jornal «Ciência Hoje», o estudo foi baseado nas funções do gene na mosca da fruta (Drosophila)e verificou-se que “a falta dele provoca problemas no crescimento e proliferação celular, mas, por outro lado, está envolvido no crescimento celular demasiado activado induzido pelo oncogene MYC”.
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Viriato pertence a uma família de genes já identificada mas cujas funções ainda não eram conhecidas. Neste momento, a equipa está a estabelecer uma ligação oncológica e celular com o oncogene MYC – gene que contém a informação para codificar uma proteína que activa a expressão de diferentes genes. Os autores mostram que as moscas com deficiência de Viriato apresentam um claro atraso no desenvolvimento.
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segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Caminho aberto para vacina contra HIV-Sida


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Caminho aberto para vacina contra HIV-Sida
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Investigadores norte-americanos descobriram o mecanismo que faz com que algumas pessoas sejam imunes aos vírus. Este gene já era conhecido, mas agora os cientistas descobriram o efeito que tem no organismo humano.

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Primeira vacina contra cancro do pulmão


Vacina já foi administrada a mais de mil pacientes
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Investigadores cubanos anunciam a primeira vacina terapêutica contra o cancro do pulmão no mundo. O fármaco, chamado de CimaVax EGF, já foi administrado a mais de mil pacientes, segundo anunciou esta semana o jornal oficial «Trabajadores».
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Gisela González, do Centro de Imunologia Molecular de Havana, é a responsável pelo projecto que oferece a possibilidade de transformar o cancro avançado em "doença crónica controlável". O CimaVax EGF é o resultado de mais de 15 anos de pesquisa direccionada para este tipo de tumor e “não provoca efeitos adversos severos”, precisou a especialista ao jornal cubano.
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A vacina já foi patenteada e é baseada numa proteína existente no ser humano. González indicou que como o organismo tolera "o próprio" e reage contra "o estranho", por isso tiveram que fazer "uma composição que conseguisse criar anticorpos contra esta proteína".
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O tratamento é aplicado quando o paciente conclui as radioterapias e quimioterapias e é considerada "terminal sem alternativa terapêutica" porque ajuda a "controlar o crescimento do tumor sem toxicidade associada".
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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Tratamento para apneia do sono reduz risco cardiovascular



Estudo da FMUP publicado na revista científica “Sleep and Breathing”
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Um estudo da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), hoje divulgado, demonstrou pela “primeira vez” que o uso de sistemas de pressão positiva contínua automática (APAP) reduz significativamente o risco cardiovascular nos doentes com apneia obstrutiva do sono.
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Segundo os investigadores, estes sistemas são pequenas máquinas ligadas a uma máscara facial que ajudam o paciente a respirar durante o sono, diminuindo os episódios respiratórios e reduzindo a sonolência durante o dia. O que distingue este dispositivo do tradicional (CPAP) é que, com o primeiro, o nível de pressão na via respiratória varia ao longo de cada ciclo respiratório durante o sono, de acordo com as necessidades de cada doente, sendo, por isso, mais confortável.
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O trabalho em causa, liderado pela investigadora Marta Drummond, do Serviço de Pneumologia da FMUP, avaliou 74 pacientes com apneia obstrutiva do sono moderada a grave, do sexo masculino. O risco cardiovascular dos pacientes foi avaliado antes e depois de se iniciar o tratamento com sistemas de APAP.
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Os resultados revelaram que 63,5 por cento dos pacientes com esta desordem sofrem também de síndrome metabólica - um conjunto de alterações (hipertensão arterial, obesidade, diabetes e dislipidemia) que “contribuem drasticamente” para o aumento do risco cardiovascular.
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domingo, 9 de janeiro de 2011

Origem da calvície masculina está nas células-tronco


"Investigadores americanos dizem ter descoberto a razão para a calvície nos homens, que afecta metade da população masculina após os 50 anos.

Segundo o estudo realizado na Universidade da Pennsylvania, não se deve exclusivamente à perda de cabelo, mas também a um distúrbio nas células-tronco, que produzem novos fios de cabelo pequenos e frágeis, parecendo invisíveis a olho nu.

O artigo publicado na revista "Journal of Clinical Investigation" sugere que, a partir desta descoberta, os especialistas podem tentar "curar" a calvície masculina, ao restabelecer as funções normais das células-tronco."


Amostras de DNA podem determinar cor dos cabelos


Descoberta relevante em investigações criminais

Amostras de DNA permitem determinar, com precisão, a cor dos cabelos de uma pessoa, segundo uma nova técnica descoberta por investigadores holandeses, que poderá revolucionar a polícia científica.

Até agora, apenas a cor dos olhos poderia ser indicada com exactidão a partir da recolha de amostras de sangue, esperma, saliva e células da pele. De acordo com a técnica descrita hoje na revista
"Human Genetics", será possível prever com uma precisão superior a 90 por cento se uma pessoa tem cabelos ruivos ou pretos e em 80 por cento se tem cabelos castanhos ou loiros.
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O novo procedimento, a partir de amostras de DNA, é mesmo capaz de diferenciar diversas nuances em cores semelhantes. "Poder prever diferentes cores de cabelos, a partir do ADN, é um avanço maior, porque, até agora, apenas os cabelos ruivos, que são raros, podiam ser identificados", sustentou Manfred Kayser, professor de medicina legal e especialista em biologia molecular no Centro Médico Erasmus de Roterdão, na Holanda.

Para as suas pesquisas, a equipa de cientistas holandeses usou a codificação genética de centenas de europeus e identificou 13 marcadores DNA em 11 genes ligados à cor dos cabelos.

Os investigadores crêem que um teste DNA poderá ser desenvolvido para ajudar os polícias em certos inquéritos criminais.

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sábado, 8 de janeiro de 2011

Catástrofe celular pode fazer com que o cancro apareça de repente


Nunca se tinha descrito tal coisa. Um ou dois pedaços de cromossomas de uma célula normal são partidos em pedacinhos. A célula reage e esforça-se para "agarrar" todo o ADN perdido, junta-o de volta no cromossoma. Há material que se perde para sempre, outro que fica numa sequência errada, genes partidos ao meio, outros repetidos. A célula resiste, mas a sobrevivência pode acabar por ter um custo enorme a curto prazo para o organismo. Uma equipa descobriu que esta é a causa de uma pequena percentagem dos cancros. O estudo foi publicado ontem na revista Cell.
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“Geralmente pensamos nas mutações [de um cancro] como um processo gradual, que vai sendo construído ao longo de muitos anos”, explicou por e-mail ao PÚBLICO Peter Campbell, investigador do Wellcome Trust, em Cambridge, no Reino Unido, e último autor do artigo. “Se num único momento há um dano que causa a mutação de vários genes cancerígenos, então o tempo necessário para o cancro aparecer pode ser encurtado significativamente.”
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Quando o diagnóstico do cancro é feito, o problema já ultrapassou o microcosmo da célula. Há um tumor a crescer rapidamente que se rodeou de vasos sanguíneos para se alimentar, e corre-se o risco de algumas células circularem pelo sangue e se implantarem noutra região do corpo, propagando o tumor.

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Mas no início tudo se passa ao nível dos genes. “As mutações nas células vão-se acumulando e há várias receitas com ingredientes diferentes para produzir o cancro, consoante os tecidos”, explicou por telefone ao PÚBLICO o investigador João Ferreira, chefe do grupo de Biologia da Cromatina no Instituto de Medicina Molecular, em Lisboa. Segundo o especialista em biologia molecular e celular, estas mutações “activam genes que promovem o cancro e desactivam outros que protegem do cancro.” 
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sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Novo detector de cancro funciona como «biópsia líquida»

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Um novo teste sanguíneo que encontra e captura células cancerígenas entre biliões de células saudáveis pode estar em breve no mercado, visto que cientistas do Hospital Geral de Massachusetts, nos EUA, e uma multinacional do ramo da saúde pretendem criar uma parceria para produzir este exame em larga escala.
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Os investigadores acreditam que, inicialmente, o teste vai facilitar o tratamento de tumores, pois pode ser feito diariamente, sendo uma forma rápida de descobrir se os medicamentos e as terapias estão a fazer efeito. “É como uma biópsia líquida” que evita a remoção dolorosa de tecidos, disse  Daniel Haber,  um dos inventores do teste.
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O exame também poderá ajudar a diagnosticar o cancro antes que ele se espalhe, sendo usado paralelamente a testes tradicionais, como a mamografia e a colonoscopia.
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Até hoje, o único exame sanguíneo disponível no mercado para a detecção de tumores apenas conta as células doentes, mas não consegue capturá-las, impedindo que os médicos possam obter mais informações sobre o problema.
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segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Chave da sociabilidade humana está no cérebro

Cientistas americanos dizem ter encontrado uma associação entre a sociabilidade de um indivíduo e o tamanho da amígdala cerebelosa, uma pequena massa de núcleos de forma amendoada situada no interior dos lóbulos temporais do cérebro.
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O estudo, feito por investigadores do Hospital Geral Massachusetts e da Universidade Northeastern, em Boston, e publicado na revista científica «Nature Neuroscience» confirma resultados de trabalhos anteriores que mostravam que alguns primatas vivem em grupos sociais maiores quando têm amígdalas maiores. "Sabemos que primatas que vivem em grupos sociais maiores têm uma amígdala maior, mesmo quando se tem em conta o tamanho total do cérebro e do corpo", disse Lisa Feldman Barrett, que liderou o estudo.
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Nesta investigação foi considerada a espécie humana, sendo que o volume da amígdala voltou a correlacionar-se positivamente com o tamanho e complexidade de redes sociais em humanos adultos.
Os investigadores também analisaram outras estruturas sub-corticais dentro do cérebro e não encontraram evidências de um relacionamento similar entre essas estruturas e a vida social de humanos. Também não foram feitas associações entre o volume da amígdala e outras variáveis sociais na vida de humanos, como índices de satisfação social, por exemplo.
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domingo, 2 de janeiro de 2011

Estudo europeu comprova benefícios de uma dieta de peixe


Comer 150 g de peixe, três vezes por semana, pode melhorar o peso corporal, o perfil lipídico, a inflamação e o stress oxidativo.

Resultados obtidos no âmbito de um projecto europeu do consórcio Seafoodplus em que o INRB/IPIMAR do Ministério da Agricultura Desenvolvimento Rural e Pescas participou, envolvendo um estudo de intervenção com 320 voluntários europeus, com idades entre 20 e 40 anos, com excesso de peso ou obesos e índices de massa corporal (BMI), entre 28 e 32, que decorreu durante 8 semanas, mostraram que as dietas de peixe magro e gordo foram responsáveis por uma diminuição significativa dos níveis de colesterol LDL e triacilgliceróis.

Apenas o peixe magro conduziu a uma diminuição importante nos níveis de células de adesão molecular (ICAM-1), mostrando a importância do consumo regular de peixe, mesmo o magro, que apesar de ter um nível inferior de ácidos gordos ómega 3, apenas 200 mg, consegue ter um papel anti-inflamatório mais eficaz que o peixe gordo ou as cápsulas de óleo de peixe, o que reforça a importância de outros constituintes presentes no peixe magro.