Nunca se tinha descrito tal coisa. Um ou dois pedaços de cromossomas de uma célula normal são partidos em pedacinhos. A célula reage e esforça-se para "agarrar" todo o ADN perdido, junta-o de volta no cromossoma. Há material que se perde para sempre, outro que fica numa sequência errada, genes partidos ao meio, outros repetidos. A célula resiste, mas a sobrevivência pode acabar por ter um custo enorme a curto prazo para o organismo. Uma equipa descobriu que esta é a causa de uma pequena percentagem dos cancros. O estudo foi publicado ontem na revista Cell.
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“Geralmente pensamos nas mutações [de um cancro] como um processo gradual, que vai sendo construído ao longo de muitos anos”, explicou por e-mail ao PÚBLICO Peter Campbell, investigador do Wellcome Trust, em Cambridge, no Reino Unido, e último autor do artigo. “Se num único momento há um dano que causa a mutação de vários genes cancerígenos, então o tempo necessário para o cancro aparecer pode ser encurtado significativamente.”
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Quando o diagnóstico do cancro é feito, o problema já ultrapassou o microcosmo da célula. Há um tumor a crescer rapidamente que se rodeou de vasos sanguíneos para se alimentar, e corre-se o risco de algumas células circularem pelo sangue e se implantarem noutra região do corpo, propagando o tumor.
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Mas no início tudo se passa ao nível dos genes. “As mutações nas células vão-se acumulando e há várias receitas com ingredientes diferentes para produzir o cancro, consoante os tecidos”, explicou por telefone ao PÚBLICO o investigador João Ferreira, chefe do grupo de Biologia da Cromatina no Instituto de Medicina Molecular, em Lisboa. Segundo o especialista em biologia molecular e celular, estas mutações “activam genes que promovem o cancro e desactivam outros que protegem do cancro.”
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Quando o diagnóstico do cancro é feito, o problema já ultrapassou o microcosmo da célula. Há um tumor a crescer rapidamente que se rodeou de vasos sanguíneos para se alimentar, e corre-se o risco de algumas células circularem pelo sangue e se implantarem noutra região do corpo, propagando o tumor.
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Mas no início tudo se passa ao nível dos genes. “As mutações nas células vão-se acumulando e há várias receitas com ingredientes diferentes para produzir o cancro, consoante os tecidos”, explicou por telefone ao PÚBLICO o investigador João Ferreira, chefe do grupo de Biologia da Cromatina no Instituto de Medicina Molecular, em Lisboa. Segundo o especialista em biologia molecular e celular, estas mutações “activam genes que promovem o cancro e desactivam outros que protegem do cancro.”
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