quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

“Canguru materno” reduz dor de recém-nascidos

Estudo de Ananda Fernandes resultou em tese de doutoramento pioneira.

A dor que os recém-nascidos prematuros sentem durante o processo de colheita de sangue pode ser reduzida com uma combinação de sacarose oral, chupeta e contacto pele-a-pele entre mãe e bebé (“canguru materno”).
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Ananda Fernandes, da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC), é a autora desta conclusão. Na sua tese de doutoramento pioneira, a investigadora analisou as reacções de 110 recém-nascidos sem doenças graves, em duas unidades de cuidados intensivos neo-natais portuguesas e verificou que esta combinação é eficaz e segura, permitindo reduzir a expressão facial (olhos apertados e saliência interciliar) e o tempo de recuperação quando comparada com a simples utilização de sacarose com chupeta.
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Além disso, as mães entrevistadas pela docente referiram ter apreciado o contacto pele-a-pele durante o procedimento doloroso e notaram ter sentido o seu papel parental reforçado, por poderem participar no alívio da dor do seu bebé. “Para as mães é uma experiência extremamente gratificante poderem segurar os bebés e protegê-los numa situação de dor”, sublinhou Ananda Fernandes à Agência Lusa.
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