quarta-feira, 13 de abril de 2011

Novas pistas sobre influência da gravidez na diminuição do risco de cancro da mama

    
Um novo estudo do Fox Chase Cancer Center, nos EUA, apresentado no Encontro Anual da American Association for Cancer Research, ajuda a explicar o motivo pelo qual a gravidez promove a redução do risco de cancro da mama.
        
Os investigadores verificaram que, depois da menopausa, há uma diferenciação do padrão da expressão genética no tecido mamário entre as mulheres que tiveram filhos e as que nunca foram mães.
      
Numa primeira fase deste estudo, participaram 44 mulheres que tinham tido filhos e 21 que não tinham engravidado, sendo que todas se encontravam na pós-menopausa. Depois de comparar a expressão de genes presentes no tecido mamário dos dois grupos, o grupo de investigadores verificou que 208 genes, muitos deles envolvidos no processo de transição do ácido ribonucleico (RNA), diferiam entre ambos. Para validarem este padrão, foi feita uma análise independente em 61 mulheres na pós-menopausa, 38 das quais tinham tido filhos e 23 não, sendo que os resultados foram idênticos.
        
De acordo com Jose Russo, líder do estudo, estes resultados permitem colocar a hipótese de que um aumento do processo de transcrição e, consequentemente, da síntese de proteínas ajuda a garantir que nenhuma proteína mutada é sintetizada, o que reduz o risco de crescimento celular anormal e de desenvolvimento de cancro.
     

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